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segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Fosso de Negro

O vento toca-me a face e parece que se entranha na minha pele, como que um creme que faz todo o meu corpo deslizar por paragens que nunca antes conheci...

lembra uma melodia classica que faz tudo em meu redor dancar um ritmo estranho... as folhas seguem uma especie de tango nunca por mim visto antes, numa harmonia tal que parece ate o proprio tronco inundar de vida e movimento... parece ate que as proprias raizes saltam do subsolo para plenamente poder disfrutar da melodia tao maravilhosa das cordas da natureza provinda.

e esta danç parece contagiar tudo e todo... a minha  mao ignora-me agora e retira-me todos os pensamentos, sentimentos, senasaçoes que em minha cabeca circulam e eterniza-os numa folha de papel a pressa improvisada...

o tempo clamamente voa... e eu vou junto, nas suas malhas... mas infelizmente nada mais que eu espirito segue em tal jornada e logo que os meus olhos reabrem e podem reparar no que a frente lhes surge, desvanece-se o paraiso e volta o fosso...
um buraco negro, terrivesmente bem edificado, pleno de pessoas iguais e sem as quais a vida seria muito melhor.. nao quero, nao posso, mas tenho de saltar!

Paz no coracao, espada sempre a cintura!

Tiago Madureira

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