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sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Tons de negro

Pintado de preto surge o paraiso, um paraiso feito de 50 sois concentrados em tao pequeno espaço que ofusca tudo a volta. Parece encher-me os olhos de cataratas e quase n me deixa sequer espaço para ver um palmo que seja.
Bloqueado, com um simples olhar, um sorriso... uma qualquer coisa que eu já nao via nem sentia faz anos, um novo alento para voltar a fazer das palavras amigas.
"Que raio existe assim de tão espectacular ai?" - pergunta constantemente um cerebro indignado e estupfacto a um coraçao de puto que parece só agora ver o mundo pela primeira vez.
Sim uma primeira vez é o que parece... a inexperiencia, as borboletas no estomago, as palavras que n chegam à boca senão nos momentos a sós, tempos sem fim de desbocado que se apagam no acender de um mero movimento de labios...
Como eu queria que esse movimento fosse outro. E ao mesmo tempo como eu queria não querer...
Tao bem quietinho, no meu canto, just minding my own buisiness. e pumba, chega o destino e prega-me uma  partido ao estilo bugs bunny e deixa-me como uma criança gorda em frente ao carrinho de gelados, mas que nao pode sequer provar, nao pode sequer dizer que quer provar, pois corre um risco pior que o de ouvir o "não": corre o risco de provar e gostar do gelado e ai sim o gelado acabar....
Mas pelo menos nem tudo é mau, os meus dedos já carpiam saudade de bater freneticamente nas teclas...


quarta-feira, 28 de março de 2012

Generalidades

Mesmo sem um tema sobre o qual escrever fui forçado a fazer mais uma viagem ao passado e na falta de tema vou falar nesse tão bem dito tempo em que tudo era maravilhoso.
O sol levantava-se e logo de seguida saltava eu da cama, sem tempo para comer, pensar ou sequer abrir os olhos. Tao cedo e já a correr para todo o lado e, da mesma forma me deitava, creio que muitas das vezes antes até dos patinhos cantarem.mas tudo era fantastico, vivia no meio do monte, casa apenas servia para dormir e apesar de ter uma vida social relativamente curta, a verdade e que nao havia dois segundos iguais, e acima de tudo eram segundos muito activos.
O meu corpo exaltava de energia e felicidade embrulhado sempre em natureza. E entao decidi melhorar-me, enriquecer-me intelectualmente e vim para um mundo completamente diferente, onde me exigem horas a fio de clausura e atencao enquanto nada mais que os olhos posso mexer e sempre que liberto os sentidos o mundo e sempre igual: cidade, barulho, predios, demasiadas pessoas...
Uma letra na frente de outra, frases a fio, livros em cima de livros e aventura ja nao passa de algo apenas resistente na imaginacao mais fertil.
Todos me pedem criatividade e exigem ideias novas junto com evoluçao mas ninguem se lembra de me dar tempo para pensar novas realidades. tudo tem de ser mecanizado e ultra eficiente mas ao mesmo tempo nao da para pensar em outras formas de fazer algo, outras situaçoes que possam diversificar aquilo que nos ocupa o tempo.
Como podemos sonhar se um dia de 24h nao chega sequer para executar tudo o que é necessario? sociedade estranha esta! Pede aquilo que precisa mas nao quer de facto. Prepara um futuro melhor que nao pretende de facto nunca ter. Imagina como deveria ter sido o passado mas nada aprende com o que já aconteceu....
E no meio de tanta correria em direcao a coisa nenhuma, como que percorrendo um circlo infinito, as vidas passam, umas criando-se e outras destruindo-se cada uma levando consigo um pouco da beleza que ainda por cá persiste em ficar para nunca mais a devolver. O fim está cada vez mais proximo e todos já enxergamos isso mesmo mas ainda assim persistimos na procura de tudo o que é superfulo em detrimento de algo superior, como a propria vida. mesmo a vida humana está em risco e continuamos sem nada fazer para o contrariar.
Extraimos e eliminamos tudo o que nos aparece pela frente na nossa procura pela dinheiro e esquecemos-nos que o proprio dinheiro e feito de natureza, e uma natureza que nao nos pode sequer alimentar. para que fazer muito dinheiro se tudo o que existe em excesso perde valor pelo homem. É um caminho de perdiçao este que neste momento percorremos: sacrificamos tudo; plantas, animais, solo, agua... tudo! por algo que vai perder todo o valor mal acabemos de destruir tudo o resto...
Caminhamos numa direcao que nem pedras vai dar para comer pois destruimo-las à procura de minério...
E tudo isto me faz por vezes sentir ridiculo pois tou a aprender de homens que sao especialistas nos mais diversos metodos de destruicao e pior do que isso, caminho para me tornar um deles...
Desenvolvimento sustentavel é o argumento no qual todos pretendem arranjar desculpa e até agora isso não passa de um termo bonito para calar ambientalistas. Nao que eu seja um mas, olhando por mim mesmo, vejo o cenário demasiado negro para ignorar as questoes ambientais. Ainda cá ando à "meia duzia" de anos e começo realmente a assustar-me com a possibilidade cada vez mais proxima de nao ter tempo de morrer...
Fica um pequeno alerta... A energia não é inesgotavel e por isso sao mais que horas de pensar em formas mais eficientes de usar a pouca que vai restando

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

sorte

Tem dias na vida de uma pessoa que, simplesmente, tudo corre da pior forma possivel...
a merda do pao cai mesmo com a manteiga pa baixo, a estrada onde passamos todos os dias ta enterdita mesmo na hora que vamos passar, a nossa mente como que esvazia mesmo quando mais precisamos dela... ficamos deveras fodidos da vida, a pensar como e possivel ter tanto azar e daqui temos uma estrada com dois caminhos... ou sentamos e esperamos que nos ajudem, coisa que nunca acontece, ou continuamos a remar contra a maré até o tempo ficar menos agreste...

Mas tambem ha alturas na vida em nao fazemos puto e simplesmente tudo nos corre bem, duma forma ou de outra, aos trambolhoes ate, tudo vem ter connosco e nos simplesmente pensamos ser os maiors sortudos a face da Terra..

mas essas boas fases duram quase nada, e quando apenas nos refugiamos nestes felizes acasos do destino, rapidamente caimos num fosso muito muito profundo, num dos tais que pa comecar a subir, primeiro e preciso partir os dentes todos la no fundo... e depois as paredes sao escorregadias... 

chegamos mesmo aquele que ponto que nao somos nada, sentimos-nos menos ainda e simplesmente queremos e acordar do pesadelo!!! que afinal de contas e real...

sera que existe mesmo sorte assim sendo? nao sera a sorte pior k o azar? 
quando tudo corre mal, uma pessoa la se habitua a usar as armas que tem e que nao tem e consegue levar a vida duma maneira que ate se torna agradavel.. mas e quando somos bafejados, tamos completamente fdds...
e como s fosse uma doenca que nos toma o cerebro e que atrofia todo o nosso corpo e alma...

"Apenas tem sorte, quem nunca esperou por ela para fazer algo"

Tiago Madureira

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Fosso de Negro

O vento toca-me a face e parece que se entranha na minha pele, como que um creme que faz todo o meu corpo deslizar por paragens que nunca antes conheci...

lembra uma melodia classica que faz tudo em meu redor dancar um ritmo estranho... as folhas seguem uma especie de tango nunca por mim visto antes, numa harmonia tal que parece ate o proprio tronco inundar de vida e movimento... parece ate que as proprias raizes saltam do subsolo para plenamente poder disfrutar da melodia tao maravilhosa das cordas da natureza provinda.

e esta danç parece contagiar tudo e todo... a minha  mao ignora-me agora e retira-me todos os pensamentos, sentimentos, senasaçoes que em minha cabeca circulam e eterniza-os numa folha de papel a pressa improvisada...

o tempo clamamente voa... e eu vou junto, nas suas malhas... mas infelizmente nada mais que eu espirito segue em tal jornada e logo que os meus olhos reabrem e podem reparar no que a frente lhes surge, desvanece-se o paraiso e volta o fosso...
um buraco negro, terrivesmente bem edificado, pleno de pessoas iguais e sem as quais a vida seria muito melhor.. nao quero, nao posso, mas tenho de saltar!

Paz no coracao, espada sempre a cintura!

Tiago Madureira

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Meninada

os dias vao passando ate que uma noite acabamo mesmo por nao conseguir fugir mais ao pensamento pelo qual tenho fugido e passado... n queria, n queria mesmo chegar aqui...

a espada, a parede, a morte que se mostra certa, o gume que cada vez brilha mais e direcao ao coracao ja em mil pedaços... s correr o bixo pega, s ficar o bixo come...
dizem que sempre ha uma soolucao, uma alternativa, e talvez ate seja verdade.. mas sera viavel? muitas vezes temos de entrar de peito aberto e preparar para as consequencias...

poderia isso ter sido evitado previament? sim quase de certexa que sim..
mas seria necessaria um planeamento, tempo pa digerir pensamentos, tempo que preferimos sempre usar para olhar para o que ta feito... porque tudo o resto exige demasiado esforço...

sabemos que quando nos aplicamos, em conjunto, em grupo, por vexes apenas com nos mesmos, mas quando nos aplicamos de facto, somos capazes de tudo... mas entao porque raramente queremos isso?

vou-me aplicar para que? se o outro tambem nao se aplica e daqui vem um estupido, mas que acaba por ser inevitavel, efeito bola de neve... bola que comeca logo gigante e que nos nem tentamos cortar, aparar, minimizar... cansa, foda-se!

e o maior mal e que e contagiante.... ja nem sequer vontade de escrever tenho a maior parte das vezes, ja vejo inutil a minha tentativa de me esforçar por algo melhor... continuo a disparar de olhos vendados para um alvo que tende em fugir as minhas balas... entao para que mais energia? para que mais recursos? para que? para que?...

eu proprio me sinto cansado de absolutamente tudo...
tudo o que agarrei como solida rocha com o tempo s tem transformado em areia e fugido de mim ao vento que mesmo tenue leva-me tudo...

pois bem que nao fique nada... minha mao suja com apenas alguns graos e mais do que suficiente... pois sao esses graos colados que realmente interessa...

o resto que foi... um dia sera mao e chorara ppor nao ter ficado na protecao quente mais tempo

Tiago Madureira