burning desert

depois do topo, o unico caminho e para baixo... tu empurras-te, eu rebolei.
por entre arvores e esquinas contando cada sinuosidade da estrada nada trabalhada... o sangue foge-me por todo o corpo, purpura da falta de ar e com ele vai toda a restia de força que talvez ainda tivesse em mim... e assim tb a esperança se foi!

nnum ultimo esforço, do fundo de mim provindo abri e os olhos vejo-t sorridente... um verdadeiro abutre esfomeado a procura da putrefacao que cheirou a leguas! nos meus labios ves a palavra "parabens", pegas-me feliz como nunca e agora, de vez, cai num sono profundo!

perdido, mas novo... acordei! tu outra vex... tirast-me daquele sono de morte?! para que? como? feiticeira...
kem es tu? o k es afinal? k prazer estranho e esse... nao respondes a abres-me a porta; de novo o deserto...

xutando-me como a um cao vadio fazes-me encarar as planicies aridas e flamejantes, onde a areia e ja tao fina que o vento a levanta em forma de nevoeiro e cego todos akeles que por mera estupidez se aventuram a atacar este inferno  materializado... mas mais uma vez tte insurges com um sorriso horrendo e prazeroso...

num dia longinquo, talvez depois da morte
meu espirito has-de ver e entao lamentar:
nunca de atitude mudar
e ai em lagrimas te iras afogar

Tiago Madureira