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quarta-feira, 26 de maio de 2010

A carta



Não queria que os meus poemas deixassem de ter o teu nome,
Entre os espaços das palavras sem interesse.
Ria, porque me ensinaste a rir,
Mas agora uso o mais falso dos meus risos,
Enquanto o teu olhar me dói.

Sabes? Quero contar-te uma coisa…
A vida continua a parecer leve como quando me davas asas e eu voava.
Só que agora as asas são fumo, e sou leve porque sou vazio.
Tiraste-me o que tinha com os teus gestos,
E fazes-me sofrer.

Acabo esta carta, dizendo-te
A palavra que só a ti te disse:
Amo-te…
Agora penso, que talvez tudo pudesse ter sido diferente,
E devolvo-te o riso que um dia me deste. 


Cristiano Freitas

1 comentário:

Lau disse...

Ora aqui está. O único poeta da turma, pelo menos no que eu conheço, que aqui faltava. Bem isto tem um lado positivo, já li mais um texto teu e, como os outros, está absolutamente fantástico.
Continua. Espero ler mais textos teus aqui.
Bj